quinta-feira, 19 de março de 2009

A mulher e o pagode baiano

A música mexe com os sentimentos humanos. Ela pode acalmar,empolgar,alegrar e inspirar, pode nos deixar eufóricos ou nos fazer chorar.Porém algumas musicas de modo sutil ou explicito aprova ou incentiva a depravação, a desvalorização da mulher, a misoginia.
"Pagode não pode denegrir a mulher como objeto" diz a deputada Luíza Maia, que lançou uma polêmica com respeito ao pagode baiano.O projeto visa a retirada de bandas que cantam músicas depreciativas á mulher de reuniões públicas. O benefício de tal projeto, não é apenas para a mulher, mas para toda sociedade. A base de seus argumentos não vão de encontro com o ritmo musical do pagode, mas sim a influência que as suas letras na sociedade baiana, como a música têm o seu efeito social,oque tais canções refletem no cotidiano,o número crescente de violência tanto verbal como física na mulher.
O pagode, além de por um cabresto musical naquele que o escuta, ele causa um paradoxo generalizado, uma contradição de conceitos. O que valeria a luta de mulheres a favor de movimentos feministas, contra perpetuação do machismo nos meios culturais e midiáticos, se a nossa sociedade é incentivada pelo som a tratar a mulher como animal, objeto de cama,mesa,lata e outros termos depreciativos? E a mulher, como sendo base da instituição familiar, não é apenas desrespeitada aquela que apoia o estilo musical, mas generaliza a todas: mães,avós,filhas,tias, causando um efeito negativo nas futuras famílias.
As letras xulas contra a mulher é maléfico para todos nós, soteropolitanos e baianos, causando mais preconceito e gerando uma misoginia caiada.Então por quê continuar a incentivar que as mulheres sejam desvalorizadas?

Elizabete Araujo

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