domingo, 23 de setembro de 2012

Ifba e você- Tecendo um novo futuro


Tem momentos da vida que nunca esquecemos! Dentre eles, sempre vou me lembrar de quando peguei um trem pela 1ª vez. Sabia que teria paradas turbulentas e outras mais calmas, que haveria pessoas que ficarão desde o início, e outras que irão pelo meio do caminho. Durante o percurso, eu estava ciente de que iria aprender a trilhar novos caminhos. Veria novas paisagens! Por isso, eu não sou a mesma depois de embarcar no trem. Essa é a minha trajetória no Instituto Federal da Bahia. Serão 4 anos inesquecíveis que não se constituíram apenas por notas, trabalhos e atividades em grupos, mas sim, por emoções, laços de amizades e lembranças.

 O Ifba, tal qual esse trem, me levará para novos rumos na grande estrada da vida. E quem não gostaria de estudar nessa dádiva? Afinal, o Ifba não é uma instituição respeitada apenas pelo seu histórico acadêmico, mas principalmente porque respeita a individualidade do aluno e permite que a aplicação desse conhecimento ocorra em sua diversidade. Como aluna, eu percebi que mesmo sendo uma instituição voltada para o ensino profissionalizante técnico, ela não anula movimentos artísticos e concede uma expansão científica para que o aluno não fique restrito apenas ao que o educador lhe oferece. É por tantas qualidades, que a antiga “Escolas de Aprendizes Artífices” se torna a aspiração de muitos.

Relembramos o passado, analisamos o presente para ter a possibilidade de planejar o futuro. Por isso, esse momento tão importante para instituição, motiva-me a pensar em como manter a qualidade do instituto e melhorá-lo cada vez mais. “Vamos de mãos dadas pois o tempo é presente”  e precisamos aproveitar esse tempo para por em prática melhorias no Ifba que tanto almejamos. Por exemplo, existe realmente entre os cursos uma integração? Não seria um paradoxo, afirmar que um aluno de Edificações tem capacidade de elaborar projetos para grandes empresas, se o seu foco não é melhorar as estruturas da instituição que o formou? Ou se uma máquina do laboratório de química quebrar, por que não transformá-la em um exercício para os alunos de mecânica?

Já dizia João Cabral de Melo, “um galo sozinho não tece uma manhã...”. Um aluno sozinho não transforma sua escola,  “ele precisará sempre de outros galos”, professores e alunos que estejam dispostos a mudar para construir uma Instituição melhor. Vamos juntos tecer a história do Ifba! Afinal, o que é a história se não a vida dos homens num processo contínuo. Que venha mais 102 anos! Contentar-se com o que temos é muito pouco para mantermos esse legado. É preciso, cada vez mais, que nós como parte dessa família, venhamos a enriquecer essa vasta herança do Antigo ETFBA.

Como no fim de uma viajem de trem tudo tem seu princípio e desfecho, da minha trajetória no Ifba não irei levar apenas boletins, certificado de conclusão e Diplomas,  mas sim valores para toda a vida. A Escola que surgiu para formar filhos de "trabalhadores" para o mercado de trabalho, parece agora ter virado o "sonho de consumo" da classe média. Mas ainda assim, e talvez por isso, valeu a pena ter enfrentado uma verdadeira batalha para estar entre o grupo seletivo dos alunos do Instituto Federal da Bahia.

Dedicado a minha professora e orientadora Solange Santana (Sol)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O olhar da indignação


Patrimônios destruídos, lugares que deveriam ser orgulho para cidade são exemplo de descaso. Muitos são os cidadãos que olham para a cidade e analisa lamentando, indignado com a situação da nossa Roma Negra, porém por que isso acontece com o nosso munícipio e o cidadão dela? 

Estamos vivenciando uma época de eleição, onde em qualquer lugar que se converse com um soteropolitano, ele irá reclamar do controle da cidade; á quem lhe administra seja obras da Prefeitura ou do Estado criticarão por falta de planejamento, abandono ou descaso, mas o governo tem total culpa? A nossa cidade é fruto da atitude comum do governo e do povo. Seria injusto da parte do cidadão apenas cobrar das autoridades uma boa educação, número reduzido de violência, praças novas e pistas em segurança, se quando é colocado um simples orelhão que é benéfico para toda a população um indivíduo o danifica; Também á casos que materiais que seriam utilizados para a construção de um bem-público são roubados, como por exemplo os ferros do metrô de Salvador.

São bairros históricos como o Pelourinho e Campo Grande, que no passado tiveram uma participação exclusiva na formação urbana e cultural de Salvador , hoje são reflexo do descaso do governo vigente, porém há lugares com as praças públicas que são danificadas pelo próprio cidadão. Isso causa uma indignação em conjunto, pois não afeta apenas aquele que danificou, ou o governo incompetente, mas toda a sociedade soteropolitana. Recentemente ganhamos um prêmio, sim Salvador foi destaque como a cidade que possui as praias mais sujas do país. Engrenando a vergonha de sediar uma festividade mundial, pois se não tem infraestrutura  para os habitantes imagine em uma escala muito maior de turistas ?

A indignação surge duma falta de conscientização  da cidade como um todo, tendo um desleixo generalizado, tanto do governo como do cidadão, o que resulta na Salvador que conhecemos : indignada, abandonada, mal cuidada, enfim esquecida.


domingo, 2 de setembro de 2012

A desejável do shopping


o amor, algo que não podemos controlar, é apenas sentir, sofrer e  amar. Não escolhe quem atinge, como atinge e onde atinge, e o amor a primeira vista? Como é senti-Io?
Agora, imagine se no shopping, fazendo suas compras diárias e a vista o futuro amor da sua vida!Será que daria certo essa paixão? Controlaria o nervosismo e falaria com o seu futuro cônjuge? Vamos ver uma situação semelhante.

 Eu estava passeando pelo shopping, todo atento nas lojas, e é claro, nas mulheres também. Porém, minha distração acaba quando eu vejo aquela miragem, desfilando lentamente como uma gazela e por dentro, feroz como uma pantera! Seus cabelos eram negros como uma noite que não tem luar, seus olhos eram verdes como uma esmeralda e sua pele parecia brilhar, tão negra e reluzente, enquanto sua boca vermelha como escarlate. Perdido no meu devaneio, decidir ir atrás daquela mulher. E se ela me achasse um psicopata? Ou um maníaco? Deixo minha dúvidas e sigo meus instintos, afinal, quem ficaria inerte a tanta beleza?

Comecei a seguir aquela deusa, quanto mais ela sorria, mas eu me encantava com sua beleza radiante, seu olhar penetrante, que me fazia sonhar. Aquela mulher não era apenas especial pela beleza, mas ela engendrava uma pureza recôndita simulada com um ardor apaixonante. Era como vício, quanto mais eu olhava mais eu desejava toca-Ia e beija-Ia loucamente. Ela me olhou... Eu fui a Plutão e voltei! Meu mundo caiu! Foi jogo de olhares, eu olhava para ela e vive-versa, foi sedutor, maravilhoso, quase eu tinha um ataque do miocárdio catastrófico. O meu consciente falava alto, "era uma loucura", "ela não está interessado em você", mas nada disso foi capaz de me impedir de ir até ela. Eu tomei a grande decisão de  falar com ela, utilizar a melhor cantada...Mas do nada, veio uma multidão de vendedores com panfletos e a tirou da minha vista, eu morri nesse momento, fiquei desesperado, mas deu aquela, aquela, aquela ... vontade de ... IR AO BANHEIRO!

Quando do eu chego ao banheiro, todo apertado quase escapulindo, depois de enfrentar toda aquela multidão, cheguei ao banheiro abrindo a porta afobado, vi aquilo que nunca gostaria de rever ou me lembrar, avistei a pior cena da minha vida: aquela com quem eu sonhei, desejei, me apaixonei, me encantei... não era ... MULHER! Ela era um HOMEM! No banheiro masculino e não foi parar lá por engano, não. Enquanto eu, parado, perplexo com a cena, desesperado... Algo mais inesperado aconteceu .... o que eu tanto segurei,saiu!

Então na verdade, se vestia como mulher, tinha boca de mulher, cabelo de mulher, olhos de mulher, corpo de mulher, que pena ... Eu me apaixonei por uma fantástica gatona, quando na verdade era um gatão! Apesar de ter aprendido a lição de nunca mais me apaixonar no shopping, ainda tenho uma dúvida, deveria ter investido ou não?